30 anos na equipe do CRO/PE: Conheça um pouco da história da funcionária Adinete Eliezer do Prado

Data publicação: 14/08/2020

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(...) Memória individual é aquela guardada por um indivíduo e se refere as suas próprias vivências e experiências, mas que contém também aspectos da memória do grupo social(...) [Von Simson]


Em pleno 2020, que tem sido um ano de transformadoras experiências - a nível coletivo como, também, individual, no início de agosto (02/08/2020) celebramos os 30 anos de trabalho da funcionária Adinete Eliezer do Prado. Atualmente Coordenadora do Setor de Cobrança do Conselho Regional de Odontologia de Pernambuco - CRO/PE, Adinete é memória viva da história do Conselho e,também, da Odontologia em Pernambuco, pois acompanhou as diversas transformações que a área vem vivenciando ao longo de três décadas.

Acompanhe um pouco da memória de uma jovem com 27 anos iniciando sua trajetória pelo CRO-PE:


Início - "Eu morava com a minha irmã e estava a procura de emprego. Meu irmão, cabeleireiro, atendia uma pessoa que sabia sobre uma vaga aqui no Conselho para período de licença maternidade. Então, em 02/08/1990, eu fiz uma entrevista, já fiquei e dei início ao trabalho, na recepção. Iniciei na Estevão de Oliveira, número 58, onde era a segunda sede do Conselho, próxima ao Senac. A primeira sede foi na Sete de Setembro. Dr Reinaldo Gueiros era o presidente na época.Nessa sede aqui, no Rosarinho, eu já vim para o setor de pagamentos, em 1996."

Além da mudança nos locais de funcionamento do Regional, Adinete também acompanhou outras importantes transformações diretamente ligadas à classe, como o processo de habilitação dos Técnicos em Prótese Dentária. "No primeiro momento quando entrei estava havendo um processo de prova de habilitação para os Técnicos em Prótese Dentária, a nível nacional. Até então não existia a profissão de protético, era uma ocupação e para eles poderem se habilitar ao exercício eles tiveram que fazer esse curso de habilitação, passando por uma prova, para regulamentar."


Atividades gerais do Conselho - "Eu vim ocupar exatamente o lugar da recepcionista (Vera), que saiu de licença maternidade - agosto a dezembro/1990. Em janeiro/1991 ela retornou e, na época, a diretoria resolveu que Vera iria para a parte financeira e eu ficaria na recepção. Na recepção nós fazíamos tudo que fazemos hoje e inclusive arquivávamos os documentos, os ofícios do conselho, tudo era na recepção. A recepção fazia muita coisa. A equipe era bem mais reduzida, a mais ou menos 7 pessoas para toda a estrutura do Conselho. Na época que entrei era assim mas antes tinham outros funcionários que não estavam mais."


Setor de Cobrança/Pagamentos - "Na época não se chamava Setor de Cobrança, não tinha um nome definido no começo. Vera faleceu e, como eu já estava realizando trabalhos ligados também ao setor, eu fiquei na função (...) Eu gostava muito, já fazia boleto na recepção. Na verdade fazíamos muita coisa na recepção para aprender mesmo. Cheguei na época a datilografar ofícios, como também rodávamos as circulares no mimeógrafo para os dentistas...era tudo manual!"


Atualização das atividades - Adinete também acompanhou a implementação de significativas modernizações nas atividades desenvolvidas dentro dos setores. "Eu tive a primeira experiência de trabalhar no primeiro computador do CRO. O próprio Conselho patrocinou os cursos de programas que na época eram indicados, como lótus, digitação, entre outros, porque viu o meu interesse em aprender. Eu fazia assim: Como na casa da minha irmã tinha um computador, eu corria para usar o computador para quando chegasse no Conselho eu soubesse usar também. A Resolução do Conselho eu também pedi autorização para levar para casa e estudar, para conhecer o documento...faço isso desde aquela época até agora."


Outro marco comentado por Prado na alteração dos serviços dentro do Conselho foi a implantação do Sistema de dados utilizado pelos Conselhos Regionais e Conselho Federal em 2000. "Até então nós não tínhamos esse sistema. Tivemos um sistema mas ele não funcionou para a gente num primeiro momento, tudo o que tínhamos era no papel, até requerimentos para inscrição. Em 2000, quando foi implantado o sistema do Conselho Federal nos computadores do Conselho, ele não emitia boleto. Então o que eu fiz? Como eles mandavam as guias eu adaptei dentro do Word os locais onde a gente podia lançar os valores das guias, podia lançar tudo, para usarmos. Eu pedi e o Conselho comprou uma impressora LX 300 que usávamos para, no computador, do Word, emitir o boleto para não ter que datilografar. Já que tinha o computador, né? Uma coisinha mais moderna naquela época", explicou, aos risos.


Memória individual - Quando questionada sobre como é acompanhar todas essas modernizações que um lugar atravessou, Adinete afirma que "é muito bom você estar sentada aqui e poder fazer tudo num lugar só, do que você por exemplo, colocar num papel, depois ir para uma ficha para anotar, era uma maratona (...)Antes era numa folha, numa cartolina. A gente datilografava ali." Ela também faz menção as diferentes passagens de gestões pela casa e ao contato com os profissionais e o desafio de mediação nas questões financeiras junto ao Regional. "Eu falo demais, eu gosto de ajudar. Mas eu sempre fui muito querida pela classe. O pessoal antigo que se inscreveu naquela época que eu era da recepção (...) Eu vi que as pessoas que passaram, os presidentes, gostavam de mim. E eles diziam que eu era muito carismática, tinha gente que me chamava de risadinha, que eu era muito alegre. (...) Mas é um desafio muito grande, principalmente o trabalho na cobrança que não agrada ninguém (...) o desafio maior mesmo é você ter a segurança de dizer: não, está assim e assim a sua situação financeira."


À funcionária com 30 anos de carreira o CRO-PE registra esta homenagem com carinho e reconhecimento da sua importância humana e histórica junto à Autarquia.



Adinete Eliezer do Prado - 57 anos
30 anos de CRO em 02/08/2020




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